Nesse mês de janeiro de 2014 aconteceu em Nova York a National Retail Federation (NRF) – trata-se da maior associação de comércio varejista do mundo.
Em tal encontro, os maiores CEO’s e líderes em vendas se reúniram e contrastaram dados importantes para o comércio norte-americano. O presidente e CEO da NRF, Matthew Shay, conforme notícia disponível no website da própria conferência, disse: “Números de vendas no feriado são um testemunho de uma indústria resistente que sabe os produtos que seus clientes querem, quando querem e como querem obtê-lo. Considerando que as vendas no varejo são um barômetro importante ao medir a saúde global da nossa economia nacional, este relatório fornece um nível de verdadeiro otimismo de que a recuperação está ganhando força, e mais uma vez, o varejo lidera o caminho”.
Você deve estar se perguntando: – Tá, mas o que isso tem a ver com o tema do Body Language Brazil?
No portal de notícias da Bloomberg, seção Businessweb (link disponível aqui), fora publicada uma matéria interessantíssima sobre um novo software que estaria sendo utilizado por grandes marcas mundialmente conhecidas, como P&G e outra do ramo Fast Food.
Trata-se de um software de reconhecimento das expressões faciais, desenvolvido por uma empresa investidora chamada Emotient – Intel Capital, divisão de capital da Intel (INTC).
Conforme relata Berfield que participou da NRF, também autora da notícia no site da Bloomberg, na conferência ela estava em frente de uma tela com uma câmera e fazia caretas por alguns minutos, como o diretor executivo da Emotient, Ken Denman, observou. Ao conversar com o diretor, Denman afirmou que o software era capaz de identificar as sete emoções e, principalmente, as emoções negativas: tristeza, raiva, medo, nojo e desprezo, assim como surpresa e alegria.
O novo software de reconhecimento facial é baseado no trabalho de Paul Ekman, psicólogo que estudou uma tribo remota na Papua Nova Guiné no ano de 1960 e constatou que pelo menos algumas expressões faciais são universais. Ekman, que é um conselheiro da Emotient, também descobriu as microexpressões, que poderiam ser usadas para detectar com segurança emoções escondidas. A partir daí, ele desenvolveu o FACS (Sistema de Codificação de Ação Facial). Como diz Denman, “é um alfabeto de expressões faciais”.
Conforme conta Ken Denman, o software produzido pela Emotient funciona com qualquer câmera razoavelmente nítida e pode ser usado em todos os tipos de pesquisa, marketing, grupos de foco e nas próprias lojas. Denman afirma que a Procter & Gamble já está usando para ajudar com sua pesquisa de mercado. O problema, Denman diz, é que as pessoas nem sempre dizem a verdade em pesquisas. Para evitar isso, o software é capaz de verificar quando aquele que testou o produto está em suas emoções mentindo ou dizendo a verdade sobre a satisfação ou insatisfação na sua utilização.
Meet Emotient's Founders from Emotient on Vimeo.
Ainda, Denman contou que o software também pode ser usado em lojas (com câmeras colocadas em todo ambiente) para melhorar o serviço ao cliente, afinal, “o pior é se os clientes estão com raiva e ninguém percebe”, diz ele. “O software mede o nível de emoção em toda a loja. É um nível de evidência matemática. Se os clientes estão com raiva, os gestores e gerentes poderiam colocar mais funcionários ou dar amostras grátis”. Conforme aponta o diretor executivo da Emotient, uma das maiores cadeias de fast-food do país norte-americano está usando o software, embora ele não pudesse dizer o nome da empresa.
A matéria está disponível no site da Bloomberg.
Para visualizar a matéria clique aqui!
Hipnose Conversacional
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Postagens Relacionadas