O “4 americano” travado:
De acordo com Allan e Bárbara Pease, a posição chamada “4 americano”, em que se cruza as pernas com o tornozelo sobre o joelho, denota uma atitude competitiva.
Os homens que se sentam assim transmitem uma sensação de maior poder, embora seja uma posição relaxada e jovial.
Mulheres que usam calças compridas também podem assumir esta posição, mas o fazem geralmente quando estão sexualmente disponíveis.
Estudos mostram que a maioria das pessoas torna suas decisões finais com os dois pés sobre o chão, o que significa que quando o seu interlocutor adotar o “4” americano” é melhor não reivindicar qualquer decisão.
Mais ainda: quando a pessoa, no “4 americano”, segura a perna de cima com uma ou ambas as mãos para travá-la, saiba que provavelmente você está diante de um indivíduo teimoso e obstinado que rejeitará qualquer opinião diferente da própria.
Trançar os tornozelos
A versão masculina do gesto de trançar os tornozelos aparece geralmente combinada com o de abrir as pernas, colocar os punhos cerrados sobre os joelhos, ou agarrar firmemente os braços na cadeira.
A versão feminina é um pouco diferente: os joelhos ficam juntos, os pés apontam para um dos lados e as mãos são pousadas sobre a coxa, lado a lado ou por uma cima da outra.
Em três décadas de trabalho com entrevistas e vendas, observaram os estudiosos da área, que quando o entrevistado trança os tornozelos, está reprimindo uma emoção negativa de dúvida ou medo. Os pés recuados em baixo da cadeira mostram que a pessoa tem uma atitude também recuada.
Pessoas envolvidas numa conversa colocam os pés dentro da conversa.
Trabalhos de pessoas especializadas junto a advogados mostraram que os acusados quando sentados do lado de fora da sala do tribunal imediatamente antes da audiência, tinham três vezes mais chances do que os reclamantes de ter os tornozelos firmemente trançados sob suas cadeiras, tentando controlar suas emoções.
Um outro estudo com 319 pacientes de dentistas que iam fazer uma simples revisão mantinham os tornozelos trançados 68% do tempo, contra 98% dos que iam tomar anestesia.
Junto a órgãos públicos em estudo tendo como foco a polícia, alfândega e receita, a maioria dos entrevistados trançava os tornozelos no começo da entrevista, por medo ou culpa, em igual proporção.
Ao analisar profissionais de recursos humanos, verificava-se que a maioria dos entrevistados transava os tornozelos a certa altura da entrevista, indicando que estavam reprimindo alguma emoção ou atitude.
Perguntas positivas sobre os sentimentos das pessoas fazem muitas vezes elas destrancar os sentimentos.
Ainda no estágio inicial de nosso estudo sobre o gesto de trançar os tornozelos, constatou-se que fazer perguntas é uma técnica razoavelmente eficaz (42%) para conseguir que os entrevistados relaxem e destranquem os tornozelos.
Foi descoberto também que o entrevistado costuma relaxar e destrançar os tornozelos – permitindo que a conversa assuma um tom mais aberto e pessoal – quando o entrevistado se senta ao seu lado, eliminando a barreira da mesa.
FONTES:
Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal - Allan e Barbara Pease
Hipnose Conversacional
sábado, 7 de maio de 2011
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