Diz o livro de PNL: "Suas imagens mentais, seus sons e sentimentos todos possuem determinadas qualidades. Suas imagens, por exemplo, têm brilho e cor, seus sons têm ritmo e tom, seus sentimentos, certa textura e temperatura. Em PNL, essas qualidades são conhecidas como 'submodalidades'".
Os sentidos (VACOG - Visual, Auditivo, Cinestésico, Olfativo e Gustativo) são as "modalidades" que usamos para pensar. Assim, as qualidades da experiência sensorial são denominadas "submodalidades".
Embora sejam conhecidas como submodalidades, não são inferiores, subordinadas ou abaixo das modalidades, e sim uma parte integrante destas. Não se pode ter uma experiência sensorial sem essas qualidades.
Submodalidades são os tijolos para a construção dos sistemas representacionais. São qualidades básicas do "Neuro", na Programação Neurolinguística.
Diz o manual de PNL: "Submodalidades são a forma como estruturamos nossas experiências".
Se lembram do vídeo do Dave postado já tem um tempo? Ele é tão perfeito nos sons, que ao emaná-los pela boca nossa mente confunde porque lembra de filmes, eventos, desenhos ou alguma experiência que nos transmite um sentimento!
POR DENTRO DAS SUBMODALIDADES
Como você sabe se uma coisa realmente aconteceu ou se a imaginou?
Porque atribuímos a eventos verdadeiros submodalidades diferentes das imaginadas.
Como sabemos no que acreditamos e no que não acreditamos?
Porque quando pensamos naquilo em que acreditamos, atribuímos a ele submodalidades diferentes das que atribuímos àquilo em que não acreditamos. Sonhos do futuro têm submodalidades diferentes das memórias do passado.
Submodalidades codificam nossa experiência da realidade, da certeza e do tempo. São os componentes fundamentais de nossa experiência. Mudar submodalidades é uma intervenção muito poderosa e eficaz que muda o significado de uma experiência.
Diz o livro de PNL:
Quando mudamos a estrutura de nossa experiência, alteramos seu significado. Podemos escolher nossas submodalidades. Portanto, podemos escolher o significado que atribuímos à nossa experiência.
As submodalidades não são novidade. Foram descritas primeiramente por Aristóteles como "sensíveis comuns", ou seja, as qualidades compartilhadas por todos os sentidos. Esses "sensíveis comuns", ou seja, as qualidades é uma intervenção muito poderosa e eficaz que muda o significado de uma experiência.
A melhor forma de explicar com eficácia as submodalidades é a partir da análise um ato imprevisível que acontece na vida de alguém, quando o cérebro em milésimos de segundo calcula o que seria melhor para tal pessoa na situação inoportuna e não eventual, vejamos abaixo a análise das submodalidades de um sistema cinestésico.
As submodalidades comuns a todos os sistemas representacionais (VACOG), são:
Localização:
Toda experiência sensorial é experimentada como vindo de algum lugar. Na figura ao lado, na modalidade cinestésica, tem-se o pisão em falso.
Distância:
A localização estará a uma certa distância - perto ou longe. O rapaz demonstrou astúcia e um bom terreno de seu mapa mental com relação ao espaço. Talvez se fosse uma pessoa mais alta ou obesa, ou mais desengonçada, não teria a mesma sorte em termos cinestésicos.
Intensidade:
Julgamos toda experiência sensorial como sendo mais ou menos intensa. Perceba que o cérebro do rapaz levou poucos segundos para calcular de forma consciente o que estava acontecendo - milésimos de segundos, mas antes de levar a mão ao queixo, ele deflagra uma face de confusão mental em que seu inconsciente atua, um estado de inconsciência induzida pelo fato do erro de pisar em falso (corte de padrão mental que cria uma lacuna: "o que fazer?" no cérebro, em que na falta de respostas racionais o emocional comanda). A parte consciente do cérebro então se restabelece e trata de calcular a intensidade das consequências de seu erro, automaticamente ele leva a mão ao queixo, como forma de disfarçar - início de retomada do inconsciente após confusão, de modo a agir racionalmente depois do cálculo de intensidade acerca do mero constrangimento social, ao invés de dor, ossos quebrados, etc.
Associação ou dissociação:
Estaremos "dentro" ou "fora" de nossa experiência. No caso apresentado, antes do rapaz pisar em falso, ele estava fora da experiência - ele estava no piloto automático, andando e provavelmente procurando alguém, uma vez que na saída do colégio. Entretanto, ao errar a pisada, ele passa a se associar de forma repentina - daí a confusão mental - acerca da experiência que passara a ocorrer. Após a confusão, com o restabelecimento do cérebro emocional (gesto da mão) e a retomada do cérebro cognitivo (avaliação de intensidade), o rapaz passa a ficar associado (dentro) à experiência.
Entenda:
Quanto mais finas as discriminações que fizermos em nossas submodalidades, mais clara e criativamente pensaremos.
Vocês devem estar se perguntando: - Como posso melhorar meus estudos? Ou a minha qualidade de vida emocional?
Ser capaz de fazer uma fina distinção nas submodalidades dos sistemas representacionais também é a base do talento e da realização em muitas profissões. A capacidade de criar imagens mentais claras é a base da Arte, do Design e da Arquitetura. O talento musical é a capacidade de fazer muitas distinções auditivas finas. O talento atlético é a capacidade de fazer distinções finas no sistema cinestésico, levando a uma consciência e a um controle corporal maiores.
Por fim, como visto, as submodalidades são os nossos sentimentos, valores, com relação a um fato, algo ou alguém. Quando acontece algo em nossa vida temos que o cérebro registra, através de nossas modalidades (VACOG), as submodalidades (como as ditas acima). Eis então que criamos os valores.
Na hipnose ocorre que, no estado hipnótico após a indução, entramos num estado de concentração tão forte que conseguimos, através de comandos, alterar os valores embutidos nas submodalidades de quem está sendo hipnotizado.
O interessante é que com hipnose pode-se mudar hábitos indesejados, fobias, qualidade de vida, estudos. Isto tudo, simplesmente por mudar os valores das submodalidades que nosso cinco sentidos observam. Fantástico, não é?
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FONTES:
O Cérebro do Futuro - Daniel H. Pink
Manual de Programação Neurolinguística - Joseph O' Connor
Hipnose Conversacional
sábado, 19 de outubro de 2013
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