Muitas vezes vivemos descontentes com a vida, em uma incessante busca por felicidade, isto porque nos autocondicionamos a um ter e ser futuro, assim criamos uma ilusão de salvação, de que só seremos felizes quando determinada coisa acontecer.
É o nosso ego que nos faz buscar prazeres acreditando que isso irá suprir uma sensação de medo, carência, incompletude ou falta de alguma coisa. Então nossa mente cria estratégias para preencher essa falta, colocando algo no lugar para que por um momento a falta não seja sentida. Em resumo, o que existe é uma busca por satisfação que é temporária e nunca estamos de fato felizes. Como essa satisfação não dura muito o ego procura por uma outra coisa para preencher esse buraco que está sempre lá.
Uma das principais áreas que o ego procura para preencher essa falta é a dos relacionamentos, as pessoas acreditam que o amor pode libertá-las do medo e da necessidade de preencher o vazio e a insatisfação que existem nelas, assim buscam por alguém que supra suas carências, com o seguinte anuncio: Procuro alguém que me faça feliz!
No inicio do relacionamento há uma paixão pela outra pessoa que faz com que nossa existência passe a ter um significado porque o outro precisa de nós, deseja-nos e nos faz sentir importante, especial. O ego do eu interior está sempre em busca de coisas que lhe dê a sensação de que ele existe.

É comum a pessoa confundir apego com amor, pelo fato da outra pessoa preencher temporariamente suas necessidades. O outro é obrigado a viver com a enorme tarefa de ter que preenchê-lo e completá-lo. Mas aos poucos não funciona mais, e no momento em que a outra pessoa deixa de preencher as necessidades do ego, as sensações de medo, sofrimento e falta voltam a aparecer naquela que buscou satisfazer uma necessidade momentânea de ser feliz. Assim, este último passa a se comportar de um modo que não demonstra ser mais completo nem feliz.
A verdade é que esses sentimentos nunca deixaram de existir, estavam camuflados por baixo da aparente felicidade.
Nesse caso onde está o amor?
Será um amor de verdade ou um vício?
Quando o outro deixa de suprir alguma necessidade nossa, tentamos de forma egoísta mudar o outro de forma a usá-lo novamente para encobrir nosso sofrimento. Mas sua mente incorpora esse sofrimento à outra pessoa, dizemos que o outro é a causa do que sentimos, esse sentimento é mais forte agora porque por um pequeno tempo foi recoberto pela relação de amor.
Assim aos poucos o amor vai se tornando ódio, e cada vez que a pessoa não cumpre sua obrigação de preenchê-lo, o amor se torna agressivo, hostil, ciumento, possessivo e manipulador.
Isso resulta da recusa de encarar nosso próprio sofrimento e nossa responsabilidade por ele. O outro não causa o sofrimento e a infelicidade, este sentimento está dentro de você, a falta do outro somente trás a superfície o sofrimento e a infelicidade que já existe dentro de nós quando o outro deixa de funcionar como escape.
Será que o que você está chamando de amor, não é uma necessidade do ego que está focado em ter suas necessidades supridas pelo outro?
A verdadeira salvação está na satisfação do agora, em se libertar da sensação de falta de alguma coisa, em não ter a dependência de precisar de algo externo para ser feliz, em se libertar de pensamentos negativos, do medo e da ansiedade, é preciso viver o presente.
Viva a beleza de cada instante, não deixe para ser feliz depois, seja feliz agora e não condicione sua felicidade a coisas externas, a satisfação vem de dentro de você, ame-se! Só assim poderá amar o outro.
Fonte:
O Poder do Agora (Guia Espiritual) - Eckhart Tolle
Hipnose Conversacional
domingo, 27 de outubro de 2013
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